domingo, 1 de setembro de 2013

HÁ AQUI NESTE MAR

Há aqui neste mar
Uma solitude sobrevivente
Neste perdido lugar
Um silêncio quieto afluente
Banhando de sal o meu sentir
Nem sempre mar às vezes pedra
Qual angustiada Fedra
Uma maresia ausente
Parece fugir
De mim

Um mar sem vagas a desnudar-me
Rochas nuas brilhantes humedecidas
As lágrimas a soltarem-se
Com asas ao vento perdidas
Em ondas e espumas a esvoaçar-me
Descobertas areias lívidas
Em abraços estreitam a tarde esbatida
Na quietude das águas salgadas
Esmaece uma lágrima tida
Choro marítimo sem fim
De algas entrelaçadas
Abraço firme e duro
Prata e carmim
Sal puro
Vento

Há aqui neste mar parado o tempo
Por todas as angústias já desfeitas
Em sonhos prantos e maresia
Por todas as palavras já eleitas
Areal imenso desalento
Profundo sentimento
A calar a poesia
Musa

Praia da Granja Setembro13

1 comentário:

Fanzine Episódio Cultural disse...

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