sexta-feira, 26 de abril de 2013

NO SILÊNCIO ESPERAR POR TI


ao Antonio…

“Serei já, apenas, a sombra longínqua de um sonho,
Uma imagem distorcida na memória...
A marca leve da última onda a beijar a areia de uma imensa praia...
A tua praia, onde em vez de grãos de areia, se agarram ao meu corpo
palavras...
Serei já, apenas, quase nada...
Mas verdadeiramente nunca existi...

Beijo-te... Sempre....

António”

… Engano teu... apenas deixei que o silêncio cobrisse os sentidos para saber sentir esperar-te...

Beijo-te... Sempre

Barbara

Queria ser essa palavra... agarrada ao teu corpo
Ser-te a pele dos sentidos por inteiro
Queria ser as nossas palavras num só sentido
E o sentir todo pele e sentidos sabor e cheiro
O teu corpo palavra feita de letras do meu sentir
Mansidão de vogais em suor vertido
Na pele humedecida voz do olhar
Em rasgo de consoantes até me vir
Na pele do teu corpo sentir e suar
O parágrafo perdido
E contigo sentir
Nunca mais ousar
Ter-te palavras e sentidos e segredos
E a pele rasgada pela ausência
E as curvas do meu corpo nos teus dedos
E os poros lavrados nessa transparência
De palavras nossas feitas de dor e medos
E toda a magnitude do querer
Do ser toda a nossa essência
Queria somente o prazer
A volúpia da vida
A pele sentida
Da tua boca beber
Dos teus olhos saborear
A ânsia permitida
A espera aprendida
O sentir da pele da tua mão
O teu olhar namorar
A loucura da paixão
No silêncio esperar
Por ti...
...
musa

Beijo-te... sempre...