sexta-feira, 21 de setembro de 2012

LUA CRESCENTE DE TI


LUA CRESCENTE DE TI

A lua era um recorte
Na solidão
Altiva no seu porte
Crescia entre nós dois
Excitação sentida
Havia névoa dissipada
Na escuridão
Adormecida enluarada
Clareava a tua mão
Pedia a minha boca
Quente e louca
Crescente
Quarto de lua tingia
O meu sentir por ti
O poema que eu sentia
Em abraço te pedi
Escreve-me a cada encontro
Escrevinhar de emoções
Tumultuoso confronto
O bater de dois corações
Num rosto de instantes
Com tinta de beijos
Cumplicidades amantes
Em saliva de sentidos e desejos
Quereres proibidos
Por linhas profundas distantes
Onde sossegam vontades
Intensos preliminares
Decifra-me e eu te devoro
Faço-me cheia de ti até me amares
Na mansa neblina sobre o mar
O teu abraço ainda a me apertar
Instiga beijos e sentires
Em mãos inquietudes
No regaço de uma lua furtiva
A deambular latitudes
No meio das estrelas perdida
Na imensidão do céu
Sinto como és essa lua
E morro a cada abraço teu
Na pele impulsividade
Na tua boca nua
Na tua terna sensualidade
Uma lua que se vem
Em orgasmos luminosidade
Fases do ser e sentir
Um sonho que não se sabe de quem
O possa de amor possuir
musa

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