segunda-feira, 16 de julho de 2012

PLANURA DO SER


Faluas ondulantes de searas de estio
Campos doirados de árvores velhas
Paisagem alentejanas de Minotauros domesticados
Sonhos fantasiados em enlace bravio
Na terra agreste da cortiça em selhas
Sobreiros perdidos na tricana flor de botões desabrochados
"Évorae" casario branco de cor em telhados vermelhos
No pranto estéril do tempo onde os velhos
Descansam memória à sombra dos chaparros
Perde-se na história a água bebida dos tarros
Onde a sede morre solidão
E a fome vive da razão
Guarda-se o sentido em doce sombreado
Se o Ser
Bucólica avenida em tapete de Arraiolos pintalgada de papoilas e margaridas
Se o Ser
Melancólica natureza surpreendida de sol e sombra em dança de sentidos
Se o Ser
Esta aventura em desafio onde palavras consentidas são caminhos consentidos
Há um rio em mim
Na planura secura do Ser
Onde o começo é o fim
...
musa

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