quarta-feira, 11 de abril de 2012

CAVALO DO TEMPO

Confesso não sei mais que te possa dizer
Esta obsessão que me endoidece a alma
Lama dos sentidos doidos a transparecer
Que por vezes me entristece e me acalma

Grito aos ventos no dorso dos tempos
Que cavalgam a trote em crina solidão
Essa rédea solta levando pensamentos
Tão firmes fechados na palma da mão

E abro todos os dedos um a um
Solta-se loucura prenhe de segredos
Na mão aberta não fica nenhum

Cavalo do tempo leva-me em corrida
Marcas de cascos calcados nos medos
E grito aos ventos no tempo sentida
musa

1 comentário:

Daniel C.da Silva disse...

Que viagem, meu Deus, que viagem...

Beijinho amigo nesta poesia grande!