quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

DIAS RESIGNADOS

Há dias
Em que a carne suspira sossego
A alma embrenha-se no medo
Dias em que a dor por cumprir
Se eleva em redenção
Quase dor por sentir
Em suspiração

Há dias em que o corpo macilento
Rendido aos químicos e à morfina
Tropeça no cansaço quezilento
Da dor que o moí e assassina
E assim fica abandonado
Esse corpo perdido cansado

Dias em que as palavras são agulhas
Poemas são bisturis afiados
Dias em que versos são faúlhas
De fogos em dor incendiados

Dias em que o pensar é solidão
E os sentimentos afogueados
Chamas de um sentir comiseração

E o corpo ruma a um só lugar
Perdido sem se encontrar
Corpo e alma desencontrados

Paz do Ser nunca vão achar
Nesses dias resignados

Clamam resignação
No silêncio de orar
Como quem tece
Oração
Prece
...
musa

2 comentários:

Lídia disse...

OLÁ ANABARBARA

AQUI ESTOU, POR VEZES ENCONTRA-MO-NOS PELOS ORIZONTES, AGORA ENCONTREIA POR AQUI!!!

O QUE INTERESSA É ESTARMOS!!!
AQUI OU EM OUTRO LOCAL!!!

O SEU POEMA MUI TRISTE... ESPERO E DESEJO QUE NÃO SEJA DE MOMENTOS ATUAIS!!!

1 BEIJO LÍDIA

Filipe Campos Melo disse...

Há dias em que o verso nos toma como oração e prece

Bjo.