sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

NEBLINA DO OLHAR


Densa neblina repousa no olhar
Condensa as lágrimas de tanto chorar
Cada dia a cortina mais pesada
E a alma aturdida cansada
Só pede para descansar

Véus que bailam na iris multicolor
Por detrás das pupilas molhadas
Segue a dança do arco-íris da dor
Em humedecida negação
As meninas dos olhos cansadas
Levitam no nevoeiro da solidão
Em escuras sensações veladas

Rios de lágrimas escorrem
Pelo vale húmido dos afetos
Mar de neblina toma conta do ser
Alguns dos sonhos morrem
Ficam desejos secretos
A vida a transparecer

Em fios de ousadia discretos
E toda esta vontade de viver
E toda esta loucura de querer
E toda esta insistência de vencer
musa

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