sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

ÁRVORES DESPIDAS


Autor(a) Fernando Martins
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O dia cinzento
Recolhe-se em mim adentro
Fustiga-me o vento
Húmida frialdade
Invade o pensamento
Tolda a claridade
O sentimento
Vem das árvores despidas
O chão orvalhado
As folhas caídas
O dia pesado
E todas as despedidas
Em abraços de Inverno
Troncos e ramos nus
No círculo eterno
Alimentam olhos crus
Nessa dolente afasia
Em que a brisa quieta
Silencia os dias
E em mim desperta
Instantes de poesias
musa

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