quinta-feira, 14 de julho de 2011

ALMA VIVA


a alma
tenho-a no peito do pé
ao cimo dos sentidos
no ermo do sentir
de quem chega ao sopé
em lento provir
do ser

tenho-a a alma
em derradeiro florescer
em brechas fendas sulcos
em sobressalto alvorecer
rachaduras de tumultos
onde cabem os sentidos
depois dum amanhecer
pensamentos perdidos
duma alma inteira
planalto alento
flecha certeira
tiro ao vento
esgrimido
sentido

a alma
fuga do sentimento
ser desconhecido
remoinho de ar
desalento
sobre o pó do chão
caminho onde pisar
coração e razão
de Aquiles calcanhar
tenho-a na palma da mão
linhas da vida por decifrar
intuição por adivinhar
por dentro anima paixão

tenho-a a alma ser
nobre solidão
transparecer
abnegação consentida
guia-me sentido prazer
de assim me sentir viva
e tanto amar viver
musa

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