quarta-feira, 8 de julho de 2009

PARTO DA ALMA

A alma anda à procura de parir Num parto doloroso e sensitivo A mão é o fórceps que faz sair Palavra de um pensar cognitivo Penas da alma para a mão Mágoas de dor e solidão As águas rebentadas São lágrimas procuradas De raiva e ilusão Em tantos momentos Húmidos de sentido A mão à procura Perdida na contracção De imensos pensamentos No desenlace prometido Da infame loucura De ver paridas palavras À sombra silenciada da escrita Em esperas de tantas memórias amargas Numa procura desesperada e aflita Que são só Liberdades poéticas Apenas pó Querendo ser poesia Poesia

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