domingo, 3 de maio de 2009

HINO À MATERNIDADE

Fui toda eu a dor o pranto a pena
Escanzelada aberta ao mundo
E de repente tão cheia
Assim revelada
Como a feminina lua
Branca e quente
Como a açucena
Por um segundo
Feia inchada nua
Os seios a rebentar
Todo corpo a arquear
O choro a gritar
O dique coração a transbordar
Não de dor sim de amor
A pele um lago de solidão
Onde navega uma alma
Prestes a naufragar
Sim de tanta calma
Sem razão
E a vida
Querendo nascer
Num parto que está para acontecer
Sublimação
Por fim
Sentida

1 comentário:

Unknown disse...

Parabéns pelo poema lindo, e obrigada por a ter conhecido ontem, gostei de si, gostei do seu olhar, gostei de tudo, obrigada