terça-feira, 30 de setembro de 2008

http://www.youtube.com/watch?v=EImwjnOaNyU

serei musa em tua alma felina porque sou apenas palavra prosa verso rima serei musa mágoa os sentidos roubados tempo que se dá por frases soltas e nas voltas das linhas por preencher vão aparecer entrelinhas pontos fechados e não vais dar por nada porque a musa fala de boca calada

Corpos de Vento

Ai dos homens corpos de vento.../... que dão o corpo à aragem do tempo.../... e que com eles vou vaguear na brisa.../... no seu olhar sou ventania.../... paleta de cores que tamisa.../... de luz corpos de fantasia.../... palavra que sintetiza.../... toda esta vontade de ser.../... Ai dos homens corpos de lua.../... em todos os quartos onde vou adormecer.../... na volta de braços venho já cheia.../... na volta de braços venho já nova.../... na cama de corpos onde me deito nua.../... recolho mel de beijos como da colmeia.../... sou vinho velho degustado na prova.../... sou tela a negro na folha crua.../... Ai dos homens corpos de chão.../... raizes soltas de passos de pressas.../... formas deitadas na solidão.../... bocas fechadas a muitas promessas.../... e a terra húmida deixa nascer.../... moldes vertidos em aço dormente.../... sou tantos ramos a florescer.../... sol de primavera já no poente.../... Ai dos homens que dão suas palavras doces.../... aos oráculos vivos da eterna pitonisa.../... de todos os homens tu apenas fostes.../... a musa imperatriz desta poetisa...

SANGRAMENTO

deixa-me contar-te que sangrei escorreram da alma os sentidos já sou mulher sangrei as lágrimas pela minha mão penas da alma e do coração as dores as forças as palavras os sonhos os desejos os encantos escondidos automutilei-me de emoções a solidão os dissabores a desilusão os momentos perdidos derramadas as mágoas no pensamento por feridas abertas na poesia e os cortes transparentes do sangramento as mesmas ilusões que eu teria se ainda fosse sentimento

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A LOBA

Sou a loba que ouviste ao luar / Descendo a clareira mansamente / Uivando triste perdidamente / A ganir e a soluçar / Da montanha desce e traz a luz da lua / A marcar-lhe o tempo no seu ventre cheio / No olhar o uivo faíscando a noite nua / Já o homem deita ao cavalo o arreio / Dentro de portas guarda-se em segredo / Quem é ela e do misterio faz-se medo / Como brisa dessa trágica herança / Também já eu soube guardar / Um dia uma noite toda a minha vida / Pequena memória da minha infância / Os seus passos marcados sobre a neve fria / Ficar guardando a noite gelada vencida / Atrás da mortiça janela / Bailado de luz velada e sombria / Ouvindo o choro dela parece uma criança / Ouvindo o grito maior ao sentir-se encurralada / E os homens fazendo a espera / Com archotes iluminando a escuridão enluarada / No ventre pulsando a vida que há-de nascer na Primavera / Na minha alma lua medo noite e um dia / Sou a loba que desce ao vale / Pelo caminho da clareira enevoada / Com fome de palavras e a barriga vazia / Procurando sustento espalhando o mal / Sou a loba do tempo incauto dos sonhos e da fantasia / Arrastando as minhas mágoas sobre o gelo do chão / O alento que faz dela tão desgraçada / Temente feroz animal / Uivando na solidão / A loba que desce ao curral / Por estar esfomeada / De palavras / E de pão /

Ao Lobo Misterioso

http://lobomisterioso.blogspot.com/2008/06/caminhando-pela-estrada-eu-vou-olhando.html ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, ... a ti... que me visitas sorrateiramente... fazendo sombra num canto de alma... o teu uivo guardo dentro de mim... serenamente

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

100 MENSAGENS

Porque não posso viver sem... falar com alguém que saiu da minha vida magoado... ... deixando-me o coração despedaçado... ... porque incompreendida... ... e numa troca de palavras ficou algo que nos desuniu... ... e desta despedida 100 mensagens vou deixar... ... e assim acabar este blogue... ... que de amor me traiu... ... e de tristeza... ... vai matar...

ANA CAROLINA

Homem dos Sentidos

Há um homem que me acorda dos sentidos

Desperta em mim mansas longas madrugadas

Há um homem que me conta os sonhos vividos

Lança à terra rosas vivas brancas desabrochadas

Cresce em mim vontade de me multiplicar

Num louco frenesim de amor e de desejo

Cresce em mim paixão da vida a palpitar

Fico atormentada o dia que não o vejo

Meu corpo rebento verde que sai da terra fria

Neste chão húmido de calor onde eu me deito

Sou só a rosa branca numa jarra de vidro vazia

À procura de calmo descanso sobre o seu peito

Todo ele é ternura onde eu repouso sentida

Leito tìmido que me aconchega em demasia

Seus braços raízes que me prendem à vida

Na terra das horas doces da noite e do dia

Há um homem que me acorda dos sentidos

Traz preso na sua mão meu triste pensar

Guarda dentro de si sentimentos perdidos

Nos meus olhos lágrimas que ele irá chorar

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ana Moura

http://www.youtube.com/watch?v=Sa8Ucd96KWo http://www.youtube.com/watch?v=oEHY3MwPu64

ANTONIO ATAÍDE

http://www.youtube.com/watch?v=8cHfjhVBjbY Passos da noite / Cavaleiro e o Anjo - /- António Ataíde in Casa de Fados "Acapella" Coimbra

POEMA NASCENTE

Guitarra que acordas todas as fontes
Cobres a alma com teu manto
As cordas que unes vales e montes
Dor e sal de amor e pranto
Teu encantamento em Portugal
Enche de ténua luz o firmamento
És claridade de uma aurora boreal
És voz que atravessa o sentimento
Saudade em revolta e em calmia
O choro da guitarra por um fado
Lavrado em notas de nostalgia
Por Deus pelos homens abençoado
Profundo grito eco de solidão
A mil anos luz dessas estrelas
Guitarra que clama a ingratidão
Cantar rimas soltas já tão velhas
É este fado nascente de amor e vida
Dormindo nos lábios dos tristes poetas
Renascido sol poente da despedida
Promessa escrita em páginas secretas
Brotando bela poesia fado nascente
Como se saudade água fosse correr
Num rio imaginado de choro ausente
Onde toda essa vida parece morrer
Toca guitarra o fado amor de vida
Que os anjos liras te ouçam cantar
À luz serena desta canção sentida
Onde eu me sento para te escutar
À Capellla nesse altar de Coimbra
A voz de Ataíde mago deste fado
Jamais esqueço essa noite linda
Silêncio brisa que na alma trago

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Fazes-me sentir musa...

fazes-me sentir musa envolta em bruma de pensamentos exóticos a querer ser clareira misteriosa deusa de momentos ao teu lado de todo o universo de teus abraços sentir-me louca e transtornada pelas tuas caricias primitivas de anjo do pecado levando-me para o inferno do desejo na selva de todas as constelações de todas as vontades consentidas...

... e a roçar a indecência de toda a porosidade etérea das lamurias de mago Apolo nos teus lábios um beijo por profanar o teu corpo túmulo por abrir e aí me quero deitar de afago carente entregue ao teu sangue quente e ao teu sexo possante e escravo da flor do meu corpo delirante...

...e meiga a mais dócil de todas as musas secreta e confidente pitonisa a exalar da fleuma inebriante deixar-te mel na tua pele deixar-te estonteante perfume de rosmaninho ao morder-te a orelha e ver teu semblante atormentado com tanto carinho levar-te ao céu e já teu corpo suado a pedir não... continuar a amar-te no desespero de tanta saudade sentida desse teu ser antigo que já foi meu por paixão por prazer numa outra vida...

...porque és um perigo que desflora a minha alma quero ser atormentada de raios rasgando esse firmamento onde me queres loucura e contentamento prenhe de tanta sedução no azul frenético do meu olhar de muitas mulheres a roçar a banalidade em mim deixar-me penetrar por falo de cetim que procura caminho por entre a tempestade no meio de fria chuva dilúvio de excitação quando tocas meu seio arminho e escorregas na senda vazia até ao meio de toda a minha vontade fazendo brotar em convulsão nascente húmida em privada propriedade...

Corpo de Mulher Obscura

Um corpo de mulher na obscuridade das tuas mãos frias

Entregue à luz nascente de todo o teu cruel desejo

Num jogo de sedução envolvente de noites e de dias

À espera de carícias sensações e de um só beijo

Nas ruas sombreadas desse corpo amado da lua

As suas formas furtivas no silêncio de todos os gestos

Deixando-se apertar nos braços como mulher nua

Cumplice de mil vontades e de tantos outros sentidos despertos

No frio nocturno do teu perdido olhar dessa batalha

Pode ler-se as promessas de um amor de esperança

Mas o tempo revelou-te igual a reles escumalha

Abandonado no profundo remorso de infeliz infância

Amante perverso que tentarei esquecê-lo

Roubando-me sossego de versos e de prosa

Porque não soube guardá-lo jamais irei tê-lo

Amor que se fanou como se murcha uma rosa

Agora deixado o refúgio dos seus braços ardentes

Corpo de mulher obscura pensas ter guardado em segredo

No mistério deste encontro de vidas tão diferentes

Fica a marcha solitária a saudade de mão dada com o medo

Em todas palavras beijos que de nós ficaram para sempre ausentes

Ficam tuas promessas de me amares de verdade as loucuras as mentiras e todo esse enredo

As conversas delirantes futeis virtuais e tão de nós prementes

Tirados um do outro na malicia de um bruxedo

domingo, 21 de setembro de 2008

...como eu te sinto...

... como eu te sinto é já sem medo... sem pudor ... como eu te sinto só eu sei em segredo ... o que é sentir este amor prenhe de todas as tuas fantasias... ... e mais tudo que são alegrias que eu vi nos teus olhos... que eu senti... ... ficou-me por dentro o teu gosto da tua boca... rasgando beijos proibidos na flor aberta dos meus lábios ...e os teus suspiros... os teus gemidos... as tuas contradições ... versos raros e sábios... aprendendo em lições ... no corpo de muitas mulheres ... como eu te sinto sabor a tabaco e a desejo... apertada em teus braços florindo ... por entre carícias e um beijo e aos teus doces encantos me abrindo... em sensualidade comprometida nas tuas mãos deixando-me sentida ... sentindo o frio do teu corpo desperto nesse livro fechado que deixaste aberto... ... como eu te sinto ... assim para o amor desperto e não te minto... amor... secreto

Por um adeus sem sentido

Pois que já me tinhas deixado / tão antes de me conheceres / nunca antes procurado / por um adeus sem sentido / á espera de perceberes / que o que eu senti foi tão duro / incompreendido / embalada até me adormeceres / fiquei por aqui / de encontro á multidão que me feria / senti-te e sentia / meus passos nesse chão tão inseguro / e para me compreenderes / apaguei-te de todos os lugares / mas sem conseguir apagar-te do meu coração / ainda insisti para tu me amares / mesmo na insana loucura da razão / chorei chorei tanto por ti / choro ainda / não aceito a tua perda dentro de mim / a tua ausência finda / o teu corpo a amar sem fim / o teu querer que eu senti / porque não hei-de eu ser banal / igual a tantas outras / tudo mas tão pouco o que vivi / á mercê de fraquezas e de inseguranças / serei assim tão irreal / tão mundana puritana em horas loucas / a querer contigo morrer minhas lembranças / de um passado duro e natural / porque sou mulher / a ti já dei tudo de mim / as horas agitadas e as horas mansas / chama-me rebelde quando for preciso / chama-me louca quando eu perder o juizo / mas não me abandones agora que de ti já tenho tanto / entranhada a saudade de um imenso amor / que a deixares-me será só pranto / será rasgo denso de dor fluente conciso / choro de chuva nesta tarde em que te escrevo ferida / e que em poesia te canto / lágrimas misturadas com palavras de dor / e um frio que corta / a respiração / e a morte rondando a vida / fazendo doer o coração / porque sem ti agora / nada mais me importa / nesta hora / de solidão / sentida

Regresso do Anjo Azul

Prometeste-me amor

e disseste insistentemente

vais ter-me sempre que quiseres

vou amar-te lentamente

deixando-me de asa ferida

com tanta dor

a mais triste de todas as mulheres

agora esquecida

eternamente

não te tive em meu leito sagrado

fui somente corpo oferecido

num beijo dei-te o que em mim estava fechado

num olhar dei-te o que em mim estava esquecido

uma dor de alma num corpo vencido

o anjo azul fizeste voltar tão friamente

por cima de todas as dores que já eram minhas

ele que te quis amar tão docemente

entregue em teus braços doçura leite e mel de abelhas rainhas

nos meus lábios roubaste geleia real

o que ninguém teve de mim jamais

e agora entre os braços do anjo sinto-me tão mal

quem me dera não ser mais deste mundo dos mortais

e num tempo de tristeza e amargura

esquecer esse amor fatal

esquecer toda essa loucura

que de desassossego e penas

me deixou tão transcendental

mostrando tudo o mais de mim secreto profundo

mostrando apenas

mostrando tudo o mais de mim discreto a todo o mundo

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Perfume de Paris

Deita sobre o corpo perfume de Paris

Como quem diz

Da maciez da rosa

Pétalas de cor aveludadas

E o teu cheiro

Poemas e prosa

E o grito derradeiro

Das nossas mãos entrelaçadas

Deita sobre ele

Pétalas brancas rubras rosadas

E toda a luz de uma cidade

As cores de uma paleta

O grito de saudade

Em odores vitrificados numa roseta

E a ferida aberta

De um poema a morrer

Pelo amor que ficou por fazer

Deita sobre o meu o teu

Enrola os teus dedos

Na penúmbra húmida do meu ser

E o beijo que aqueceu

Os nossos olhares e os nossos medos

Apenas quis dizer

Que a última pétala da rosa clamor

Foi luz

Perfume

Sedução

Em cheiros e cores

Voláteis odores

De tantos sabores

A ilusão de sentir numa flor

Leves seios ondulados

De ciúme

De amor

Onde apenas demora

Traição

A verter pelos olhos azulados

Onde mora

Tanta solidão

Roberto Carlos Mulher de 40

http://www.youtube.com/watch?v=Z4OtjcBVK0Y

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

MUSA

Fazes-me falta...


Cette nuit, je veux t'aimer à outrance
pour connaître la suprême jouissance
et la délivrance d'un solstice génital...
Cette nuit, j'aimerais me sentir la proie
d'un vilain prédateur sans foi ni loi
et me noyer dans le déluge vaginal...
Cette nuit, je m'approprierai de ton sexe
pour pouvoir l'adorer sans aucun complexe
et durement le ressentir bien encré en moi...
Cette nuit, je veux faire la folle et la volage
pour entamer le transcendental voyage
qui me montrera le plus profond de toi...
Cette nuit, je serai ta putain, ta déesse,
pour me sentir dans la peau de la maîtresse
que tu chéris et tu cherches pour t'éclater...
Cette nuit, je veux m'épanouir vraiment
dans tes reins et t'offrir mon corps, avant
de t'embrasser et dire adieu à tout jamais...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Alma Mulher

Não nascemos Mulheres... fazemo-nos mulheres...

... fazemos da vida nascer outra vida...

o que sou eu

sou mulher

ainda que aos teus olhos

seja melancolia

sou mulher

ainda que no teu coração

seja agonia

sou mulher

ainda que no teu riso

seja água

porque mulher mágoa

sempre serei

já ao nascer chorei

e de lágrimas me fiz mulher

do ventre brotaram filhos

quais ventos sem asas

dando-me o nome de mãe

mas sou mulher

nome que ela apenas tem

porque da vida

conheço o choro

penas

e a dor

sou mulher

porque sou vida

e amor

domingo, 14 de setembro de 2008

Obrigada pelo teu MIKI

desculpa MIKI... mas não mais podia ter-te aqui...

"Fais-moi vivre" (Lud Macmartinson)

Fais-moi vivre et efface de mon coeur la solitude et la peur qui hante mes jours et mes nuits, donnes-moi un peu d'amour, d'amitié et de tendresse pour que ma vie avec ta présence et tes caresses retrouve un nouveau sens et comble le vide immense où je noie mon amertume, toi qui fume pour éloigner le stresse et casser les nerfs... Fais-moi vivre, oses venir me prendre et m'aimer comme je suis... Chéris moi, fais de moi, fleur du désert, la rose de ta cour ou de ton jardin secret, fais que l'amour soit mon gourmet et je serai ton repas de résistance, ton dessert, et j'effacerai de ton coeur le goût amer, pour que ton âme s'enflamme et, me rendant folle, tue la femme frivole que je me sens devenir... Fais-moi vivre, et me poursuivre comme une proie chassée pour que je sache ce que c'est être aimée et desirée d'un amour charnel et fou d'un amour éternel et doux... Fais-moi vivre et redécouvrir le plaisir de s'enflammer et de mourir dans les bras d'un homme, d'être câlinée et adorée comme un tout petit enfant, une fée, une déesse, une dulcinée et, peut-être, la muse d'un poète qui me fait chavirer le corps et écris les mots tendres avec qui je m'endors et je rêve les yeux ouverts de peur que la nuit s'achève sans me rendre le bonheur... Fais-moi vivre et donnes-moi ta main pour qu'elle puisse rêveiller mes désirs et les fasse atteindre les sommets de la jouissance à ma guise, car j'en ai marre de feindre, de me mentir à moi-même et des couleurs carême qui enrobent mon coeur dans le malheur et l'hântise d'une vie qui s'enfuit vers je ne sais pas où... Comme un fou, je crie mon désespoir, car vivre ainsi me rend le cafard et me laisse toujours sur le quai de la gare à voir les trains des autres qui partent quelquepart, en me laissant sur place... Fais-moi vivre, t'es le rayon de soleil qui a sonné mon réveil et illuminé mon regard triste car, avec toi à mes côtés, je sais que le bonheur existe et je suis aimée par un homme au coeur d'enfant qui sait faire envoler les mots pour aller toujours plus loin que le rêve et l'amour... Fais-moi vivre, mon amant virtuel, mon élixir et mon fakir au coeur d'or et je te comblerai de plaisir jusqu'à ma mort... http://pirilampox.blogspot.com/

Muse...

Muse... Tu es le murmure dans le silence de la nuit Ephémère... Tu es le silence qui parle à mon coeur Muse... Tu es la lune à l'ombre du levant Lunetière... Tu es l'ombre des rêves qui peuplent la lumière Muse... Tu es la lumière des ombres qui habitent les nuits Narcise... Tu es le voile qui se lève sur un écrin de dentelles Muse... Tu es le sourire qui enivre source et rivière Lys... Tu es la rivère qui coule vers l'amont Muse... Tu es la neige qui fait fondre le soleil Carline... Tu es à l'aube la rose qui pleure de rosée Muse... Tu es l'automne qui nait de l'hiver Orchidée... Tu es le printemps enfanté par l'eté Muse... Tu es la dame qui chante les artistes Eternelle muse...

Corpos de palavras


quero escrever-te de palavras
de memórias de cidades feitas de ti
um tempo que nos chegou sem pressa
teu corpo inteiro e submisso
somente para mim
a dar-me tanto e eu a querer
ser nas tuas mãos só a promessa
ser no teu olhar apenas o esquiço
de tão estranha tela feita por fazer
tão frio esse risco a negro ausente
tantos os desenhos pintados no meu dorso
tão cheia de cores desvanecidas a diluente
de tudo o que pintaste a leve esboço
riscos e palavras que falam do teu ser
traços misturados de contradições
corpos unidos só por prazer
o mesmo querer as mesmas paixões
a força pedida intacta num entardecer
quero ter-te de palavras escrito assim
em frases de momentos repartidos
agora que já és parte de mim
agora que me estás em todos os sentidos
que vou eu fazer destas palavras
que vou eu fazer de toda esta ânsia
de todos os momentos já vividos
kramer contra kramer nessa instãncia
os teus gestos de amor em mim escondidos
em forma cor sabor e substãncia
com que marcas território no meu corpo feito
a amares-me assim toda na tua boca desse jeito
sou eu de palavras esculpida
a dar-me toda por ti por tudo
o corpo o ser a alma assim despida
desnuda em tuas mãos por absurdo
em todos os lugares onde existires
na terra no chão nas cidades no teu leito
e ser surpreendida por teus beijos de paixão
sou eu entregue és tu a sentires
fraqueza tremura emoção
meu corpo pulsando no teu peito
quando te entregas de mão dada pela vida
na cama que é tua onde eu me deito
por ti por tudo tão sentida
entregue sem razão
loucura por ti sem fim
com que me deleito
perdida
de paixão
assim

para ti... por essa tua boca desabrochando luxuria em meu corpo


ÊXTASE
Tal um vulcão adormecido eu te espero
como quem aguarda o dia da libertação
e o teu olhar desvairado e faminto quero
para com ele entrar em tórrida ebulição
Golfadas de calor íntrinseco e de prazer
me estonteiam como o fogo da paixão
que no meu corpo a febre faz renascer
para o êxtase conhecer outra dimensão
Prisioneira do delírio quase perco o juizo
e me abandono aos devaneios profanos
até o gozo sussurrante chegar ao paraíso
onde já não existem sentimentos levianos
Carrego nas entranhas as frustrações
dos amores que eu sonhei mas não vivi
dos desejos libidinosos e das convulsões
que eu tive e alimentei pensando em ti
Agora na solidão me quedo e me enredo
como uma presa fácil numa teia de aranha
e de amar loucamente até já tenho medo
porque nunca me senti assim tão estranha

sábado, 13 de setembro de 2008

E Agora...

Primeira vez abrimos Essa caixa de Pandora E nesse dia os dois perdemos A noção da hora Diz-me diz agora Aonde é que eu ainda posso ir Na desordem dos sentidos Qual o caminho a seguir Desses limites perdidos Depois que nos amamos Como dois pagãos Ainda tenho os meus seios Presos nas tuas ternas mãos E o meu olhar disperso Nesse entardecer Tua boca lua cheia Em meu corpo a estremecer No doce instante em que me dei e me detenho Em toda essa fúria de excitação que não contenho Diz-me diz agora Que faço com a tua demora Os teus dias já sem hora Onde nós deixamos tudo outrora Sentimentos para partilhar Palavras loucas a divagar Fomos partindo cada um de si Beijo furtivo que dos teus lábios vi À porta do elevador Fizemos de conta que não houve nada Fizemos de conta que não houve amor Fizemos de conta que não houve paga Desse desejo que os dois compramos ao destino E agora cada um segue o seu caminho Neste sonho que assim acaba Depois da nossa fantasia Ter sido realizada um dia

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

VAIDADE

"Sonho que sou a Poetisa eleita, Aquela que diz tudo e tudo sabe, Que tem a inspiração pura e perfeita, Que reúne num verso a imensidade! Sonho que um verso meu tem claridade Para encher todo o mundo! E que deleita Mesmo aqueles que morrem de saudade! Mesmo os de alma profunda e insatisfeita! Sonho que sou alguém cá neste mundo... Aquela de saber vasto e profundo, Aos pés de quem a Terra anda curvada! E quando mais no céu eu vou sonhando, E quando mais no alto ando voando, Acordo do meu sonho... E não sou nada!..."

À minha MUSA - Florbela Espanca

ESTE LIVRO...

Este livro é de mágoas. Desgraçados

Que no mundo passais, chorai ao lê-lo!

Somente a vossa dor de Torturados

Pode, talvez, senti-lo...e compreendê-lo.

Este livro é para vós. Abençoados

Os que o sentirem, sem ser bom nem belo!

Bíblia de tristes... Ó Desventurados,

Que a vossa imensa dor se acalme ao vê-lo!

Livro de Mágoas... Dores... Ansiedades!

Livro de Sombras... Névoas e Saudades!

Vai pelo mundo... (Trouxe-o no meu seio...)

Irmãos na Dor, os olhos rasos de água,

Chorai comigo a minha imensa mágoa,

Lendo o meu livro só de mágoas cheio!...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Amor da Via Norte

Vinhas de mão dada com a solidão diluida / Corpo de nada inteiro maduro tão diferente / Rompante pela via norte cumprindo estranha missiva /

De proposta delirante ausente de luz sentida / Pedindo o meu corpo porte cansado de tanta espera / Vestido de fantasia de luxuria e de quimera / Do olhar desse dia fizemos os dois a nossa sublimação / Entregues de ternura cadência de loucura e sedução / Trazias nos lábios fome e ferocidade / Abrindo-me o corpo em flor e tenacidade / Enquanto num botão de rosa meus lábios te pediam / Amor em verso em prosa que os meus olhos já sentiam / Excitada ardente e incontida / Entreguei-te o corpo a alma e a vida / No manso leito de prazer escuridão / Verter-me quente em ti desse jeito tão louco de paixão / Jamais posso esquecer onde te tive e onde te tenho ainda / Guardado dentro de nós essa meia tarde e essa noite finda / Após dobrada ânsia provocada nas pregas da minha pele / Flor em substãncia pétalas de rosa adoçicada / De sabor peganhento e perfumado de sémen e de mel / O teu querer meus seios minha dor em ti lavrada / Cobres de amor fogo lento meu corpo feito / Te entregas ternurento nessa fogueira perfumada / Enquanto num abraço forte denso / Te dou meus lábios num beijo molhado e imperfeito / Colados os corpos unidos num gesto meigo intenso

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Fénix Renascida

voltei atrás porque te esqueci / num tempo maduro de muita espera / de pausas e de poemas que eu já vivi / de saudade e de quimera / desgosto que eu inventei / de mágoas e de penas / de dores que eu já chorei /das palavras pequenas me despedi / dos versos apenas / que te contei / fora o meu amor de grandes asas / imenso como a Fénix Renascida / rubro incandescente como as brasas / louca ave do vento foragida / fora o meu amor o teu abrigo / desperta para um tempo sem fronteiras / crime doloroso sem castigo / de toda esta pena de que te inteiras / fora o meu amor montanha maior / leito sagrado de musas e poetas / de todos os poemas que eu sei de cor / palavras que guardo intimas secretas / voltei atrás no tempo para te escrever / com sangue escrita do coração / poemas que no papel vieram morrer / numa forma bonita de solidão / de pausas e de poemas de que te inventei / são frases pequenas que me dão o ser / aceita a poesia que te consagrei / pois de amor maior / por ti eu vou morrer

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Tinta de Penas

se tu entendesses o meu ser / povoado de espíritos / de karmas exilados em mim / que viveram numa outra era / vidas passadas / que eu já tivera / se tu entendesses / a força que brota destas palavras / e a fluidez do sangue escrita / as minhas lágrimas / tinta de penas / desses karmas / onde a alma gravita / mas tu não entendes / a brisa cósmica que chega até mim / com cheiro de açucenas / começo de primavera / verdades terrenas / e fica de soslaio / a espreitar a espera / debruça-se sobre este livro / como um raio / sobre as trevas / do silêncio circunflexo / ilumina o espírito / de palavras servas / e eu escrevo / o que tu não entendes / perplexo in « Penas da alma para a mão»

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Noite Felina

desta noite te dou o que veio até mim

os gritos da madrugada mansa

este negro que não tem mais fim

ferindo como uma lança /

o olhar dos felinos à solta rondando /

por telhados de insonolência

numa dança de palavras se soltando

e violinos mudos de involvência /

as cordas tangendo o prazer

a minha alma suspirando

sem ter mais nada pra fazer

só ficar nesta demência /

dar-se em palavras amando

de sentidos desprendidos

soltos da angústia do meu ser

tão dados e prometidos

que jamais posso morrer /

sem sentir esta tangência

entre o viver e o morrer /

e entre mim se ergue a dor

majestosa paliçada

tê-la no sangue é favor

tê-la na pele é nada /

tenho-a tão dentro da alma aberta

de todos que a vêm morar

tenho-a tão íntima e secreta

a quem a queira penetrar /

noite felina companheira

de tantos sonhos ardentes

cai-me o negro qual viseira

destes versos tão dementes /

sou felina por inteiro

rimas são meus telhados

este poema o primeiro

de muitos por mim caçados /