quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A TUA FÊMEA

Na noite sibila acordo cansada de espera
foram meus sonhos despertos que me levaram até a ti
à beira do lago beijo meu corpo forma quimera
agito a água e espero
procuro por ti
a lua reflecte silhueta nua de seios sentidos
na escuridão sente-se o cheiro de fêmea no cio
deixando cair no lago profundo seus olhos perdidos
afundando-se em segredo
deixa-os ir na corrente do rio
noite que esconde tamanho que é seu desejo
flor do corpo abrindo de luz e ânsia e medo
querer inquieto
desejo desperto
sonhar
morrer sentindo tanta vontade de amar
uma fome de querer desejar sentir
à espera à espreita
um falo secreto que a quer penetrar
enquanto se deita
num ímpeto sonho quase a desistir
um quase acabar
a ruir
corpo que acorda molhado despido
colado de sonhos impuros perfeitos
com as mãos marcadas de suor vertido
como morno leite jorrando dor em seus peitos
sentada à beira do lago a fêmea olha a lua
a mesma reflectida nas águas paradas
as suas pernas escancaradas
o ventre roliço
a pele tão nua
o olhar mortiço
tão só tão crua
num fervor
desespera
a fêmea olha a lua
à tua espera
enfeitiçada
de amor

1 comentário:

JG disse...

Adorei A TUA FÊMEA a tua escrita é muito interessante gostei muito.parabens