quinta-feira, 31 de julho de 2008

SANTO

Quem sabe deste nome SANTO reste alguma coisa boa, sejam as minhas palavras dínamos geradores de vida e claridade, trazendo bons ensinamentos a quem procura nelas realidade e fantasia, mensagens de amor e esperança que ensinem a viver a serenidade que todos nós merecemos. Palavras que augurem passos firmes sobre o cosmos dos nossos sonhos esvoaçando sobre o universo da alma prestes a naufragarem num tempo esquecido de solidão e desassossego. Palavras que se desprendam das páginas dos livros e nos dêem a mão amiga pelos caminhos da vida como anjos caídos de um céu pejado de estrelas a brilharem de contentamento e gratidão. Palavras que sentidas sejam o palpitar de um coração a abarrotarem de sentimentos aflorados num pensamento a pulsar esculpido em pedra dura perpetuado através do tempo numa escrita de luz. Assim sou... dando-me em palavras numa forma escrita de tinta de penas...

ANTÓNIO

António, provavelmente de origem etrusca, o seu significado perdeu-se no tempo, significa o que está na vanguarda e indica uma pessoa de força interior e fé inabalável nos seus próprios ideais. Isto lhe permite estar sempre à frente, abrindo caminhos que geralmente levam a resultados positivos para todos. Inestimável, o que não tem preço.

BÁRBARA

Bárbara, significa estrangeira e se associa a uma pessoa original, que está sempre em busca de novidades. Por isso, quando sente que as suas tarefas estão ficando rotineiras, trata logo de mudar de actividade. Criativa, pode fazer sucesso nas artes ou na literatura, mas não se preocupa muito em ganhar dinheiro com isso. Palavra usada na Antiguidade para designar os que não pertenciam ao império greco-romano, greco-latino, o mesmo que estrangeiro.

terça-feira, 29 de julho de 2008

ANA

Ana, do hebraico Hânnan, forma verbal que significa favorecer, conceder a graça, significa cheia de graça, garantindo uma intuição que oferece boas escolhas nos estudos, na profissão e no amor. Foi adoptado como nome Anna, pelos gregos, a partir do séc. VI a. C., como sendo a graça eterna, a misericórdia. Era geralmente atribuido a crianças que eram esperadas ansiosamente, quase sempre o primeiro filho, e quando havia dificuldades em engravidar e que com o tempo se perdiam as esperanças de ter essa criança. Na mitologia romana existia uma deusa denominada Anna Perenna, seu âmbito era o tempo que transcorria durante um ano, Ana Perene, e as suas comemorações ocorriam sempre a céu aberto, com jogos e banquetes. Este nome é muito usado, actualmente, por ser bíblico, já que é o nome da mãe da Virgem Maria, Santa Ana, da mãe do profeta Samuel, da profetisa do templo de Jerusalém.

D. Chamôa

Nasci, aparada pelas mãos da minha bisavó, no dia de Santa Bárbara, no dia 4 de Dezembro, há mais de quarenta décadas, numa noite tenebrosa de um inverno transmontano, no aconchego de uma casinha amarela voltada para o monte de S. Brás, em terras doadas por D. Chamôa Rodrigues ou D. Flamulaem ou Flâmula, no ano de 960, à sua tia a condessa Mumadona Dias, fundadora do Mosteiro e agora castelo de Guimarães, para salvação da sua alma, falecendo solteira e sem filhos, tendo deixado tudo o que possuía a obras de beneficiência, as suas terras recebidas por herança dos seus pais, os Condes Rodrigo e Leodegúndia, irmão e cunhada do Rei Ramiro II, de Leão, e cunhado e irmã de Mumadona Dias. Na verdade descendo de uma fundadora do reino, em génio e alma...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

A bisavó Maria

A minha bisavó que foi durante mais de quarenta anos, parteira do povo, aparadeira, ajudando a parir as mulheres das redondezas onde vivia, ajudando a nascer aqueles a quem perdeu a conta, que quase sempre acabavam por se tornar seus afilhados, nunca perdeu uma mãe ou uma criança, pedia sempre ao Santo António protecção e uma hora boa, na altura do parto, prometendo muitas vezes que a criança se chamaria António ou Maria Antónia, já que ele teve nos seus braços o Menino Jesus. E Sto. António porque ele é o mestre da palavra, usando palavras simples para que o povo as entendesse, carinhoso e generoso, a mensagem que transmitia era tão magnífica e atractiva, transmitia tanta confiança e fé, que fazia com que muita gente o seguisse, acompanhando-o, reunindo à sua volta uma imensa multidão só para o ouvir falar. A sua função evangelizadora correu mundo, cativando pela força das suas palavras determinadas e pelos milagres que lhe são atribuídos, conseguindo até que os peixes o ouvissem, com este milagre obteve a conversão de muitos hereges e a partir daí, eram muitos os que acorriam para escutar os seus discursos reveladores e repletos de sabedoria, sempre usando a força da palavra para convencer o mais infiel e descrente, tal era o poder cativante e eloquente que ele possuía e a sua cultura, que lhe dava o à vontade, com que lidava com as palavras. ao escrever os seus discursos, transmitindo a grandiosidade das suas crenças, perpetuou no tempo as palavras que nos chegaram até hoje, dedicando-se à escrita de alma e coração, ajudando principalmente, a encontrar Deus nas nossas vidas, fazendo uma aproximação à vida de Cristo através do exemplo da sua própria vida.

CRÓNICAS DE 18 DE NOVEMBRO

Fui entronizada poeta, no dia 18 de Novembro, sábado, do ano de 2006. O facto deveu-se ao lançamento do meu primeiro livro de poesia, editado pela Papiro Editora, na Livraria Bertrand do C.C. Parque Nascente, no Porto. Com o "Penas da alma para a mão", nascia assim uma Poetisa. Dei-me aos leitores com o pseudónimo de Ana Bárbara de Santo António, isto porque o Sto António é o meu santinho de referência, o meu santo protector, uma protecção que recebi na minha infância, que trago desde o berço, que me foi transmitida pela minha bisavó materna, uma benzedeira sibilina transmontana que com a ajuda do Santo António, das untaduras com azeite virgem, das rezas contra os quebrantos, contra o mau-olhado, da poderosa oração de Santo António, ajudava quem sofria ou quem havia perdido algo, ou quem procurava alguma coisa, até notícias de alguém que se esquecia das letras e não dava sinal de vida.